sábado, 20 de dezembro de 2014

Assembleia Municipal de 11 de Dezembro de 2015

 


ASSEMBLEIA MUNICIPAL ORDINÁRIA

11 DE DEZEMBRO DE 2014

 

 Ponto nº. 2 – Apreciação e votação da proposta da Câmara Municipal, dos documentos previsionais do município para o ano de  2015 – Orçamento Municipal e Grandes Opções do Plano.

 

1 – A acreditar no “Relatório de Apresentação e Fundamentação da Política Orçamental”, o Orçamento para 2015 caracteriza-se por obedecer às restrições impostas pelas leis da austeridade e pelas normas ditadas pelo Plano de Saneamento Financeiro.

Ao invés de ter sido elaborado com base na satisfação das necessidades da população do Concelho, foi elaborado para satisfazer as exigências da despesa, de alimentar expectativas da realização de obras que numca se realizarão e dos DDT (donos disto tudo) para utilizar un slogan agora muito na moda.

- do Governo Central do PSD/CDS, que, com a sua política de austeridade, impõe graves restrições à capacidade de gestão das autarquias (limites na arrecadação de receitas, limites na realização de despesas, nas dívidas, entre outros..).

- do Plano de Saneamento Financeiro que obriga a taxas mais altas e a restrições nas remunerações a pessoal;

No Orçamento, os reflexos dessas exigências fazem-se sentir nas receitas com um aumento de impostos inaceitável e nas despesas pela imposição de limitações de vária ordem, algumas delas de forma completamente cega (vg. Limitação das despesas c/ pessoal a 35% da média das receitas dos últimos 3 exercícios);

No plano da atividade do município essas exigências terão como resultado aumentar as dificuldades no funcionamento dos serviços.

2 – Este é um orçamento do “tem que ser assim” e não permite acomodar novas necessidades.

A despesa é rígida, provem de compromissos já assumidos no passado (despesas c/ pessoal, contratos plurianuais, contratos financeiros, etc).

A maior fatia da receita está pré determinada (transferências, comparticipações), a outra parte tem pouca margem de variação (receita própria).

A Taxa do IMI, Imposto Direto que permite maior variação, por força da necessidade de equilibrar o orçamento, foi aumentada.

3 - Este orçamento “equilibrado” à força poderia e deveria ter resultado do planeamento da satisfação das necessidades dos munícipes, mas não.

É fruto da política de austeridade que Governo Central do PSD/CDS está a impor às autarquias;

É resultado da desastrosa política financeira que a maioria PS tem imposto ao município e que está a condicionar gravemente  o presente e o futuro próximo.

Em suma, é um orçamento com tendência recessiva, quando as necessidades do Concelho pediam um orçamento de tendência expansiva para favorecer o crescimento da economia local.

Por último é entendimento da CDU que a receita do IMI expressa no orçamento está desconforme com a taxa aprovada o que não deveria acontecer.

Pelas razões expostas, pelas apresentadas pelo vereador da CDU na Câmara Municipal e na defesa dos interesses dos Torrejanos, os eleitos da CDU votam contra.

 

Torres Novas, 11.12.2014

Os eleitos da CDU
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MOÇÃO
Sobre o Orçamento de Estado para 2015
 
Considerando que:
 
·        O agravamento do fosso entre volume de montantes transferidos e a regra geral prevista na Lei das Finanças Locais aferida a uma percentagem da média dos três impostos que relevam para o Fundo de Equilibrio Financeiro e Fundo de Financiamento das Freguesias (IVA+IRS+IRC).
 
·        O artifício da cláusula limite dos 5% (inaugurada com a Lei de 2007) faz com que a transferência não seja fixada em 1.952 milhões de euros, mas em 1.725 milhões de euros.
 
·        A verba autónoma para transportes escolares (23 milhões de euros), já por si comprovadamente insuficiente, passa a estar diluída no Fundo Social Municipal;
 
·        Estabelece a consignação do crescimento do Fundo de Equilíbrio Financeiro, resultante da Lei das Finanças Locais à realização da participação do Fundo de Apoio Municipal e consolidação orçamental (dívida de médio e longo prazo e pagamentos em atraso);
 
·        Impõe restrições no domínio de recursos humanos, seja por via do controlo de admissões e procedimentos concursais, seja na valorização dos trabalhadores;
 
·        Determina a obrigatoriedade de prestação de contas das verbas efectivas realizadas no âmbito do Fundo Social Municipal no domínio da Educação, com devolução das verbas não gastas;
 
·        Consagra e alarga a prática de retenções arbitrárias injustas e leoninas;
 
A Assembleia Municipal de Torres Novas, reunida em 11 de Dezembro de 2014, delibera:
 
  1. Proclamar o firme propósito de defender a autonomia do Poder Local, consagrada na Constituição da República e reclamar das Associações Nacionais dos Municípios e das Freguesias posições firmes e combativas contra as medidas do Orçamento de Estado para 2015, que contribuem para o seu enfraquecimento;
 
  1. Exigir o cumprimento da Lei das Finanças Locais, apelando à Assembleia da República para que a faça cumprir, corrigindo a distribuição das verbas inscritas para os municípios e freguesias;
 
  1. Protestar contra a destruição do emprego público e contra uma ainda maior degradação das condições de trabalho dos trabalhadores das autarquias, impostas por este orçamento, solidarizando-se com a sua luta;
 
  1. Reclamar a retoma do investimento público e a assunção pelo estado das suas responsabilidades na saúde, educação e protecção social, a um nível que responda às necessidades da economia local e às carências da população.
 
  1. Remeter esta moção aos órgãos de soberania (presidência da Assembleia da República e grupos parlamentares, Governo, Presidência de República), à ANMP e à ANAFRE e divulgá-la junto da população pelos órgãos comunicação social.
 
Torres Novas,11.12.2014
Os eleitos da CDU
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Requerimento à Mesa da Assembleia Municipal de Torres Novas
 
Os eleitos da CDU solicitaram, em devido tempo, um conjunto de informações à Câmara Municipal sobre avenças e estudos realizados pelo município, em que se pedia não só os custos da sua contratação, mas também a descrição da sua utilidade, pretendendo-se assim perceber para que serviram.
 
Acontece que em relação à última questão, e a mais importante, não obtivemos qualquer resposta. Por isso, enviámos um email ao Sr. Presidente da Câmara no sentido de completar a informação em falta, salientando ainda que pretendíamos consultar os estudos constantes na relação que nos foi enviada.
 
Até hoje, e apesar de várias promessas, nada se concretizou, mas acreditando na palavra do Sr. Presidente continuamos a aguardar as respostas às nossas questões.
 
No entanto, existe na citada relação um estudo encomendado à empresa Quartenaire Portugal, em 09.07.2004, no valor de cerca 60.000 euros, para a elaboração de uma estratégia cultural para o concelho de Torres Novas, cuja cópia foi reiteradamente pedida pela CDU ao longo de vários anos. Mas só em 24.07.2008, quatro anos depois, nos foi entregue um documento correspondente a uma proposta para a concretização desse projeto (cuja cópia se anexa), mas do estudo propriamente dito nada nos foi facultado.
 
Como o estudo foi pago (em anexo cópia) e não se conhece qualquer acção resultante do mesmo, é entendimento da CDU que o seu objeto não foi cumprido.
 
Assim os eleitos da CDU, ao abrigo da alínea e) do nº1 do artigo 29 da 75/2013, vêm
requerer à mesa da Assembleia Municipal de Torres Novas, que tome as medidas que considere adequadas de forma a verificar:
 
1. Se o estudo em causa existe de facto;
2. Para que serviu e quais as ações desenvolvidas a partir desse projeto;
3. Que verifique se neste processo o interesse público foi salvaguardado e que a gestão rigorosa e transparente dos dinheiros públicos não oferece dúvidas.
 
 Torres Novas, 11.12.2014
 Os eleitos da CDU
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A CDU pretende fazer duas perguntas da maior pertinência face à situação que se vive actualmente, que muitos pensam mas não tem coragem de questionar, cujo único objectivo é somente obter o devido esclarecimento dentro das competências que nos estão atribuídas por lei.
 
1. O Sr. Presidente da Câmara Municipal está em condições de garantir que as investigações em curso que envolvem o sr. Carlos Santos Silva ex Administrador do Grupo Lena, não terão impacto no nosso município?
 
2. O Sr. Presidente da Câmara Municipal pode-nos informar se a Câmara Municipal enquanto instituição, ou alguém com responsabilidades na Câmara teve alguma interferência no projecto/ construção de 126 habitações no valor de três milhões e quatrocentos mil euros, na ilha de Santiago em Cabo Verde , da responsabilidade da empresa Proengel, ou em outras obras desta empresa em Cabo Verde?
Torres Novas, 11.12.2014
 
 

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